Eleita a melhor cidade europeia pra se viver em família em 2021, pela empresa norueguesa Sumo Fians, o Porto é dessas cidades que colecionam títulos:
- “Melhor destino europeu para uma escapadinha urbana”, em 2020, pela World Travel Awards
- “Melhor cidade pequena do mundo” em 2020, pela revista Monocle ,
- “Melhor cidade Europeia para se visitar em 2019 e 2º melhor do mundo” pela plataforma de Viagens The Culture Trip
- “Melhor destino Europeu” 2012, 2014 e 2017, pela European Best Destinations
E por aí vai, sendo os mais importantes, o título de Patrimônio Mundial da UNESCO, em 1996 e, Capital Europeia da Cultura em 2001.
Lá na leal cidade donde teve
Origem (como é fama) o nome eterno
De Portugal
Luiz Vaz de Camões
Vem comigo, se apaixonar, por esta cidade linda, que deu nome à Portugal, que conquistou o coração do nosso Imperador D. Pedro I (aqui, D. Pedro IV) e que cresceu as margens de um dos rios mais bonitos da Europa, o Rio Douro.
O Centro Histórico do Porto
Área mais antiga da cidade, é aqui que estão suas raízes, suas origens medievais. Passear por suas ruas, conversar com sua gente, é voltar no tempo e vivenciar as histórias desse povo bravo, invicto, altruísta, na sua melhor essência!
Estátua do Conde Vimara Peres
E para começar realmente do começo rsrsrsr, vamos voltar ao ano de 868, quando o Porto ainda sofria o domínio dos mulçulmanos, e o Conde Vimara Peres, a pedido de Afonso III, expulsa os árabes e reconquista, do alto de seu cavalo, a cidade.
Por isso, em agradecimento, a cidade do Porto, ergueu logo no topo da calçada da Vandoma, aonde tudo aconteceu, uma estátua em sua homenagem.
Sé, A Catedral Do Porto
A Sé do Porto, data da época da Idade Média, da época dos suevos, bem antes da chegada triunfal de Vimara Peres, na calçada da Vandoma. Mas foi no sec. XII, pelas mãos de D. Hugo, o tão famoso bispo do Porto, que a catedral ganhou ares de fortaleza medieval, com uma arquitetura romanico-gótica.
A fachada da catedral, já é impressionante por sí só. Formada por duas torres, de arquitetura romanica, uma rosácea, de arquitetura gótica, do séc XII e, um portal, já restaurado no sec XVIII, com a imagem de Nossa Sra. da Assunção, a santa padroeira da Sé.
Olhando de frente para a Catedral, preste atenção nos símbolos esculpidos, um em cada torre, fazendo referência aos templários (Símbolo de Salomão), na torre da direita, e a uma embarcação (a coca), na torre da esquerda, uma referência a essa cidade que nasceu nas margens do Rio Douro e dele prosperou.
E se o exterior já é fascinante, o interior da catedral também impressiona, mas essa história merece um post inteirinho, que eu prometo voltar aqui para contar :-).
CURIOSIDADES:
- Em fevereiro de 1387, o rei D. João I, 1º rei da Casa de Avis, se casou com D. Filipa de Lencastre, irmã de Henrique IV
- Foi aqui na Sé, que o famoso Infante D. Henrique, mas conhecido como “O Navegador”, 5º filho do rei D.João I e D. Filipa de Lencastre, foi batizado
- É na Capela de São João Evangelista, que esta sepultado João Gordo, cavaleiro da Ordem de Malta, e almoxarife de D. Dinisá
Terreiro da Sé
- Catedral – Gratuito
- Claustros, Sala do Cabido e Torre – 3€ inteiro
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus (1M,11M,500,901 e 906) estação São Bento
Miradouro da Rua das Aldas
Desça as escadas em frente a Sé do Porto e aprecie a vista do Douro, através do Miradouro da Rua das Aldas. A esquerda da foto, o Convento dos Grilos, e a direita, o Museu De Arte Sacra e Arqueologia.
Estação de São Bento
Considerada uma das estações ferroviárias mais bonitas do mundo, pela revista Travel & Leisure, a Estação São Bento, foi inspirada na Belle Époque Parisiense do séc XIX. O arquiteto responsável, José Marques da Silva, foi aluno de Victor Laloux, o arquiteto responsável pela Gare d’Orsay em Paris, e foi ainda em Paris, em 1896, que o projeto da estação foi feito, como projeto de final de curso de Marques Silva, que na época, cursava a famosa “École des Beaux-Arts”.
O nome, São Bento, foi herdado do antigo Mosteiro de São Bento de Ave-Maria de freiras beneditinas, que foi demolido, para a construção das linhas de comboio. Inaugurada em 1916, a Estação de São Bento, encanta a todos que chegam e que partem, com seus 20.000 azulejos, pintados pelo artista Jorge Colaço e que contam grandes momentos históricos de Portugal, como a entrada no Porto do Rei D. João I e D. Filipa de Lencastre, a cavalo, para a celebração do seu casamento na Sé do Porto; a Conquista de Ceuta pelo Infante D. Henrique; o cumprimento da palavra de Egas Moniz apresentando-se em Toledo perante Afonso VII e, oferecendo a sua vida, a da mulher e a dos filhos para resgate da palavra dada no cerco de Guimarães, dentre outros. No teto uma referênciaas linhas do Douro e do Minho, principais rios da região Norte de Portugal.
Praça de Almeida Garrett
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus (1M,11M,500,901 e 906) estação São Bento
Igreja de Santo Antônio dos Congregados
Dedicada a Santo Antônio, essa igreja barroca, do séc. XVIII, chega a passar despercebida aos olhos de quem passa pela Praça Almeida Garrett. Mas não se engane, dentro dela uma preciosidade…repousa o corpo mumificado, do único papa enterrado fora do Vaticano, o Papa São Clemente I.
O Papa Clemente I, foi o 4º papa do Cristianismo da Igreja Romana (ano 88 a 97). Foi batizado pelo apóstolo Pedro e, também foi fiel colaborador do apóstolo São Paulo. Apesar de romano, foi perseguido junto com outros cristãos, pelo imperador Domiciano e atirado ao mar, no ano 100. Por isso, é considerado o santo padroeiro dos marinheiros.
A vida de Santo Antônio está retratada não só nos painéis de azulejos da fachada, como nas pinturas em murais no interior da igreja.
Rua Sá da Bandeira, 11
Diariamente das 09:00 horas às 11:00 e das 15:00 horas às 17:00
Sextas feiras missa às 10:00 horas e às 16:00
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus (1M,11M,500,901 e 906) estação São Bento
Rua das Flores
É uma das ruas mais bacanas do Porto. Muitos artistas, muita cultura, restaurantes e lojinhas super transadas. E além de ser super cool, também é uma rua de acesso ao Largo de São Domingos e à Ribeira.
Se hoje ela é do povo, antigamente não era bem assim. Contruída em 1521 (é, a Rua das Flores tem quase a mesma idade que o Brasil) a pedido do rei D. Manuel I, era a rua dos comerciantes, aristocratas e das famílias tradicionais portuguesas, como os Cunhas Pimentéis, os Ferrazes Bravo e os Sousa e Silva.
Até hoje, a Rua das Flores conserva as características arquitetônicas daquela época e isso pode ser percebido, pelos brasões ainda nas fachadas, de algumas dessas casas.
Igreja e Museu da Misericórdia do Porto
É na Rua das Flores que se encontra uma das mais bonitas representações, da arquitetura barroca da cidade. Obra do arquiteto Nicolau Nasoni, que foi o responsável pelo projeto de reconstrução da igreja, datada do séc. XVI. A igreja foi erguida ao lado da Santa Casa da Misericórdia, onde hoje se encontra o Museu da Misericórdia do Porto, e que conta toda sua história.
R. das Flores 15
das 10h00 às 18h30 (horário de verão) – entre 1 de abril e 30 de setembro
das 10h00 às 17h30 (horário de inverno) – entre 1 de outubro e 31 de março
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus (207, 303, 400, 500, 900, 901, 904, 905, 906, 1M, 10M, 11M)
Palácio da Bolsa
Certamente uma das construções neoclássicas, mais bonitas da cidade. Foi construído para ser a sede da Associação Comercial do Porto. Palacio da Bolsa é uma referência ao tempo que alí funcionava a Bolsa dos Mercadores e também a Bolsa de Valores.
Tudo impressiona nesse palácio. A visita começa pelo Pátio das Nações, que ganhou esse nome, porque no teto, junto à cupula de ferro e vidro, estão referenciados os brasões dos países com os quais, Portugal mantinha relações de comércio, no séc. XIX. Passa pelas imponentes salas do tribunal, do Presidente, Dourada, entre outras e termina, no majestoso Salão Árabe, onde a cidade do Porto recebe seus visitantes mais ilustres como reis, rainha e presidentes.
CURIOSIDADES:
- Sua construção deu início em 1842 e só finalizou por completo em 1909, por ocasião da visita do rei D. Manuel I. Exatamente 1 ano antes do fim da monarquia portuguesa.
- Tem um gabinete, que era usado por ninguém menos que, Gustave Eiffel. Foi aqui que ele fez seus famosos projetos da Ponte D. Maria Pia (Porto), a Ponte dupla (Viana do Castelo), a Ponte Ferroviária (Barcelos) e a Ponte Rodoviária (Pinhão)
- Na Sala dos Retratos, o agradecimento da associação Comercial do Porto, à rainha D. Maria II. Foi ela que doou o terreno, que antes era o Mosteiro dos Frades Mendicantes da Ordem de São Francisco, incendiado no Cerco do Portoí
Rua Ferreira Borges
Novembro a Março
9:00 – 13:00 / 14:00 – 17:30Abril a Outubro
9:00 – 18:30
O Ingresso para o tour guiado deve ser comprado antecipadamente e custa 10€. Compre seu ingresso aqui.
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus (400, 403, 500,900, 901,906, 1M e 11M) Ribeira
- Bonde (1) Infante
Igreja do Convento de São Francisco
Na minha opinião, é a igreja mais bonita do Porto, e uma das mais bonitas de Portugal. E, é daquelas igrejas repletas de história e cultura. A única igreja de arquitetura gótica do Porto, ou seja, um programa imperdível.
Sua construção começou no séc. XIII, depois de muita confusão com o Bispo do Porto, e das intervenções, do Rei de Portugal D. Sancho II e do Papa Inocêncio IV. Com o objetivo de atender ao Mosteiro dos Frades Mendicantes da Ordem de São Francisco, que ficava ao lado, sua arquitetura gótica, sóbria e minimalista, representava, fielmente, os votos de pobreza dos Franciscanos.
A partir do séc. XV, foi adotada pelas famílias mais influentes do Porto, que patrocinaram suas capelas, para que suas famílias lá fossem sepultadas (prática normal da época). A arquitetura interna da igreja ganhou ares de barroca, com uma vasta decoração em talha dourada. Foram mais de 200 kg de ouro, o que fez com que a igreja passasse a ser conhecida como “a igreja do ouro”.
No séc. XVIII, foram construídas a Igreja da Ordem Terceira de S. Francisco e a Casa do Despacho, que é onde se encontram as famosas Catacumbas, onde os franciscanos enterrados, aguardam o dia do Juízo Final.
CURIOSIDADES:
- Arquitetura gótica, representando a pobreza, a humildade versus Arquitetura Barroca, de efeitos impactantes, representando a ostentação, a extravagância
- Na Igreja do Convento de São Francisco está um dos retábulos mais bonitos do mundo, com a representação da Árvore de Jessé, fazendo o link entre o antigo testamento (a professia de Isaías 11) e o novo testamento
“A talha desta Igreja é de uma riqueza e de uma beleza que ultrapassa tudo quanto vi em Portugal e em todo o mundo” – Conde Raczyński
Rua do Infante D. Henrique
Novembro a Março
9:00 – 13:00 / 14:00 – 17:30Abril a Outubro
9:00 – 18:30
Museu
- 8€ adultos
- 6,50€ estudantes
- 6€ PortoCard
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus (400, 403, 500,900, 901,906, 1M e 11M) Ribeira
- Bonde (1) Infante
Torre Medieval da Reboleira
Descendo a Rua da Reboleira, que começa bem em frente a Igreja de São Francisco, a casa de nº 59 vai te surpreender. É uma casa estilo torre, do final da idade média (séc. XIV), com as características originais daquela época, em que o Porto, ainda era uma cidade medieval. Repare na calçada de pedras e também na casa nº 55, que ainda mantém as janelas e portas, no estilo gótico, da mesma época.
Museu Casa do Infante
Sua construção data 1325, a Alfândega do Porto foi criada por D. Afonso IV, com o objetivo de cobrar impostos aos barcos provenientes dos mares do Norte e da Espanha.
Foi rebatizada de Casa do Infante, porque segundo Fernão Lopes, que era cronista do Rei D. João I, o Infante Dom Henrique nasceu aqui em 04/03/1394.
Era uma época em que o Porto ainda era dominado pelo Bispo, por isso, não havia aqui um palácio. Quando o rei vinha para cá, se hospedava na casa do Almoxarife, que era o representante do rei na cidade, e consequentemente, depois da casa do Bispo, a casa mais importante do Porto.
CURIOSIDADES:
Foram encontrados vestígios de uma construção romana aqui, mil anos antes da construção da Alfândega do Porto, ou seja, os romanos já sabiam que aqui, junto ao Douro e o mar, era um ponto estratégico
Pero Vaz de Caminha, trabalhou aqui, como Oficial Mestre da Balança da Casa da Moeda, antes de se lançar ao mar, em direção às Índias,
- Vinte anos depois de seu nascimento, o Infante Dom Henrique retornou ao Porto, para organizar a construção de uma frota de 100 embarcações para se juntar a outras 170, que já estavam em Lisboa. Depois se lançou ao mar, rumo ao norte da África, dando início as tão famosas expedições marítimas portuguesas.
- E foi assim, que os portuenses ganharam o carinhoso apelido de “tripeiros”, pois para abastecer essas embarcações, o povo doou toda a carne (porco e vaca) existente na cidade. Sobrando assim para a população, somente as tripas. Mas como os portuenses não eram bobos, nem nada, usaram sua criatividade e criaram o famoso prato tripas à moda do Porto.
Rua da Alfândega, 10
Terça—Domingo 10:00 às 17:30
- 4€ adultos
- 2€ >65 anos
- Gratuito – estudantes, < 18anos, PortoCard
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus (500, 900, 901, 906, ZM, ZR, 1) Ribeira
- Bonde (1) Infante
Ribeira do Porto
Cartão postal da cidade, com suas casinhas coloridas abraçadas pelo rio Douro, aqui é onde tudo acontece! E sempre foi assim, viu?! A Ribeira, que ganhou esse nome, por estar à margem do Douro, e começou a ser povoada em meados do séc. XIII, ainda na época do Porto Medieval. As ruas da Reboleira e da Lada, datam dessa época, e ainda conservam suas características originais, como já mencionado aqui (Torre Medieval da Reboleira).
A Ribeira é eclética, popular, pulsante…aqui tem beleza, cultura, gastronomia, arte e muita história. Eu diria que ela é o coração pulsante da cidade. Ela é tão especial, que merece um post todindo pra ela…aguardem 😉
Rua Cais da Ribeira
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus (11M, 403, 500, 900, 901, 906)
Ponte Luís I
Eleita em 2019, pela European Best Destinations, uma das pontes mais bonitas da Europa, ao lado da Tower Bridge (Londres), Ponte Vecchio (Florença), Pont du Gard (Gard), Ponte 25 de Abril (Lisboa) dentre outras, a ponte Luis I é orgulho nacional e cartão postal das cidades do Porto e Vila Nova de Gaia.
CURIOSIDADES:
Gustave Eiffel, concorreu com seu projeto para a construção da ponte. Mas foi Théophile Seyrig, seu aluno e parceiro no projeto da ponte Maria Pia, que ganhou conceção da obra, pela sua proposta inovadora de uma ponte com dois tabuleiros.
- É lenda o fato do Rei D. Luís I não ter aparecido na inauguração, que aliás foi no dia do seu aniversário 31/10/1886. O fato é que o Porto sempre foi uma cidade burguesa e nunca apadrinhou suas construções com títulos nobres.
- Na época da sua construção (1881-1886) foi considerada a ponte com maior arco de ferro forjado do mundo (172m).
- São 3045 toneladas, 395m de comprimento e 8m de largura
Ponte Luís I
- Metro (linha D) estação São Bento (Porto) ou Jardim do Morro (Vila Nova de Gaia)
- Ônibus (1M, 11M, 403, 500, 900, 901, 906)
- Bonde (1) Infante
Funicular dos Guindais
Muito mais do que um mero meio de transporte, que liga a Ribeira à Batalha e vice-versa, o Funicular dos Guindais é um delicioso passeio turístico. A vista da Ponte Luís I é linda, sem falar que o funicular vai descendo ao lado da Muralha Fernandina.
- Av de Gustavo Eiffel (Ribeira)
- Rua de Arnaldo Gama (Batalha)
08:00 às 20:00 (durante pandemia)
- Adultos: 2,50€
- Crianças: (4-12 anos): 1,25€
- Crianças (0-3 anos): Gratuito
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus (11M,403,900,903 e 906) Elevador Guindais
- (10M,207, 303,400 e 904) Lgo 1 de Dezembro
- Bonde (22) Batalha
Muralha Fernandina
Foi em 1336, que o rei D. Afonso IV, decidiu construir uma cerca defensiva, para proteger a cidade do Porto, das invasões espanholas. A muralha só ficou pronta, no ano de 1346, reinado de D. Fernando I, neto de D. Afonso IV. Por isso, foi batizada de Muralha Fernandina.
A muralha tinha uma extensão de 2,6km, 18 portas e postigos e cercava toda a cidade, desde a Ribeira até Miragaia, passando pela Cordoaria e Batalha. Hoje pouco se vê da muralha que restou, sendo a parte mais preservada junto ao Guindais. Dos postigos, somente o Postigo do Carvão, se mantém intacto, até os dias de hoje.
- Rua de Arnaldo Gama,80
- Cais da Estiva, Ribeira, proximo ao nº 77 (Postigo do Carvão)
- Gratuito
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus (10M,207, 303,400 e 904) Lgo 1 de Dezembro
- Bonde (22) Batalha
Podemos visitar a parte da Muralha Fernandina da Sé gratuitamente, de seg a sex. Basta entrar pelos jardins da Igreja de Santa Clara, no Largo 1 de Dezembro. Assim que passar o portal da entrada, fica à esquerda.
Igreja de Santa Clara
O início da sua construção, foi no séc XV, no ano de 1416, com a presença do rei D.João e os filhos. Foram cumprir a promessa, feita pela rainha D. Filipa de Lencastre, que morreu prematuramente, às freiras clarissas, de construir de um espaço único para elas. O mosteiro ficou pronto em 1427, e a igreja, em 1457. É Monumento nacional desde 1910.
Com o dinheiro dos dotes das mulheres de famílias nobres do Porto, que eram acolhidas pelo mosteiro, a igreja de Santa Clara, a partir do séc XVI, foi se tornando uma das jóias do Barroco da cidade. Toda trabalhada em talha dourada, é hoje, assim como a Igreja de São Francisco, uma referência em igrejas pintadas com ouro.
Infelizmente, no séc XIX, com as invasões francesas e o cerco do Porto, a Igreja de Santa Clara sofreu saques e danos em sua estrutura, que contribuíram para a degradação do seu patrimônio. Em 2019, a Igreja foi fechada ao público, para uma completa restauração. Estima-se que em jan/22 ela seja reaberta.
CURIOSIDADES
- A entrada da igreja é pela porta lateral, como era típico da época nos conventos femininos, para que o coro, de onde as freiras assistiam às missas sem serem vistas, ficasse de frente para o altar
- Junto à porta, um medalhão com as imagens do rei D. João I e da rainha D. Filipa de Lencastre
- Reparem ainda, no painel de azulejos do coro, em alusão às almas do Purgatório, datado de 1680
- Largo Primeiro de Dezembro
Temporariamente fechada para reformas
Gratuito
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus(10M,207, 303,400 e 904) Lgo 1 de Dezembro
- Bonde (22) Batalha
Igreja de Santo Ildefonso
A Igreja de Santo Ildefonso é mais uma das lindas igrejas com fachada de azulejos que existem no Porto.
Construída no séc. XVIII, no mesmo local onde existia uma igreja medieval, foi dedicada à Santo Ildefonso.
Na fachada, 11 mil azulejos, de autoria de Jorge Colaço (o mesmo artista que decorou a Estação São Bento), contam histórias da vida do Santo e, episódios bíblicos do novo testamento.
Praça da Batalha
- Segunda: 14:30h às 18:30h
- Terça a Sexta: 9:00h às 12:30h e das 14:30h às 18.30h
- Sábado: 9:00h às 12:30h e das 15:00h às 20:00h
- Domingo/Dias Santos: 9:00h às 12:00h
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus (10M,207, 400 904 e 905) Batalha
- Bonde (22) Batalha
Igreja e Torre dos Clérigos
Outro cartão postal da cidade, a igreja e a Torre dos Clérigos, é um dos maiores símbolos da cidade do Porto. Classificada como monumento nacional em 1910, esse projeto de Nicolau Nasoni é referência em arquitetura barroca, não só no Porto, mas em todo país.
O início da construção foi em 1732, a pedido da Irmandade dos Clérigos, uma instituição que ajudava aos padres sem condições financeiras da época. O projeto levou 31 anos para ficar pronto, pois o terreno era em declive e estreito, fazendo com que Nicolau Nasoni usasse toda sua criatividade e engenhosidade. Foi por esta mesma razão, que a igreja possui somente uma torre, ao invés das duas tão comuns à época.
O Conjunto arquitetônico dos Clérigos é formado pela igreja, torre, hospital e casa da irmandade, que hoje é um museu. A torre é considerada, até hoje, uma das mais bonitas da Europa, tem 75,6m e uma vista privilegiada de toda a cidade.
CURIOSIDADES
- Nicolau Nasoni não recebeu nenhum pagamento por essa obra, solicitando apenas que virasse membro da irmandade dos Clérigos na época
- Ele morreu em 1773, 10 anos depois da construção da torre, e foi sepultado na Igreja dos Clérigos, mas até hoje, o local é um mistério, como pode ser lido aqui
- O terreno onde foi construída a igreja, era conhecido por “campo das malvas”, lugar onde eram enterradas as pessoas condenadas à morte pela forca
- A torre, por estar no ponto mais alto da cidade e, por ser avistada à 50km, serviu como guia , para as embarcações que se dirigiam ao porto do rio Douro
- Era também o relógio oficial da cidade, e o telégrafo comercial. Quando o barco da Mala Real inglesa estava a um dia de aportar na cidade, eram colocadas bandeiras como uma forma de sinalização, e eram içadas no alto da torre para anunciar aos comerciantes da cidade a chegada dos barcos vindos de Londres com o dinheiro pago pelas mercadorias exportadas para Inglaterra. Assim que avistavam as bandeiras, os comerciantes enviavam seus empregados para junto dos correios, para recebê-los
R. de São Filipe de Nery
- Visitas: Todos os dias das 09h00 às 19h00
- Missas: todos os domingos às 21h30
Torre + Museu dos Clérigos
- Diurno (9-19h): 6€
- Noturno (19-21h): 5€
- Gratuito <11 anos, Enfermeiros, Médicos,Bombeiros,Policiais e Forças Armadas
Compre seu ingresso aqui.
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus: (301,305 e 801) Praça da Liberdade; (200,201,207,208,301,305,507,601,703,801, 12M e 13M) Cordoaria
- Bonde (22) Clérigos
Largo do Amor de Perdição
Bem à frente da Torre dos Clérigos e ao Centro Português de Fotografia, que era a antiga cadeia da relação do Porto, está o Largo do Amor de Perdição.
No canto superior do largo, uma estátua, do escultor Francisco Simões, que conta uma triste história de amor. Um amor impossível, de Camilo Castelo Branco por Ana Plácido, que era uma mulher casada nesta época. O marido dela descobriu a traição e acusou os dois de adultério. Foram presos e, foi na cadeia, em 1862, que Camilo Castelo Branco escreveu “Amor de Perdição”, uma obra sobre outra história de amor, verídica e trágica, no melhor estilo Romeu e Julieta, do seu tio avô, Simão Botelho.
Simão Botelho e Teresa Albuquerque eram de famílias inimigas na cidade de Viseu, mas se apaixonaram. Só que Teresa estava prometida para seu primo, Baltasar Coutinho, e resolve então, contrariar seu pai, recusando o casamento. O pai, contrariado e influenciado pelo sobrinho, envia a filha para o convento, o que despertou a ira de Simão, que resolve se vingar, matando o primo. Depois de preso, na mesma cadeia anos antes de Camilo, foi condenado e enviado para às Índias. Teresa morreu de tristeza logo depois.
Para os amantes da literatura, o livro já é de domínio público, e pode ser lido aqui
Centro Português de Fotografia
E não é por mero acaso que o Centro Português de Fotografia está localizado no largo do Amor de Perdição. Antes de se tornar um museu voltado para a fotografia, esse prédio já foi a Antiga Cadeia da Relação do Porto. E foi aqui, que Camilo Castelo Branco e Ana Plácido foram presos, em 1860.
A Antiga Cadeia da Relação do Porto, construída em 1767, recebia presos de todas as espécies, inclusive, adúlteros, presos políticos e revolucionários.
Os presos eram distribuídos nas celas, de acordo com o crime cometido, seu status social e sua capacidade para pagar os carcereiros. No térreo, os presos de baixa condição financeira. Ocupavam celas tipo calabouços, batizadas com nomes de santos: Santo António (para homens), São Vítor, Santa Rita (para meninos), Senhor de Matosinhos, Santa Ana e Santa Teresa (para mulheres). Eram celas superlotadas, escuras, húmidas e o acesso era por alçapões que se abriam no teto. No segundo andar, celas coletivas, distribuídas nos salões de Nossa Senhora do Carmo e de São José e a cela das mulheres. No terceiro andar, encontravam-se as celas individuais, reservadas a presos de alto poder aquisitivo ou status social, mais conhecidas como “quartos da malta”.
A infraestrutura da cadeia era tão precária, que em 1974, logo depois da Revolução de 25 de Abril, o prédio foi desativado e os presos transferidos. Em 1989 foi apresentado um projeto para reestruturação do prédio para Centro Português de Fotografia, que em dezembro de 1997, inaugurou sua 1º exposição.
CURIOSIDADES
- Foi aqui que, em 1828/29, ficaram presos os 12 mártires da liberdade, condenados à forca e decapitação pelo tribunal de D. Miguel, irmão de D. Pedro IV, e absolutista.
- D. Pedro, em visita a Cadeia da Relação, ficou indignado com a situação que viviam os presos daquela época, e quis, sem sucesso, resolver essa questão
- Quem julgou o caso de adultério de Camilo Castelo Branco e Ana Plácido foi o pai de Eça de Queiroz, juiz José Maria de Almeida Teixeira de Queiróz, que por ter vivido um caso similar, se recusou a condenar os réus
- O Tribunal da Relação do Porto, também funcionava no mesmo prédio, até ser transferido para o atual Palácio da Justiça, em 1961. Por isso, no topo da fachada, as estátuas da Justiça, do Direito e da Razão
Largo Amor de Perdição
- Terça a sexta-feira: 10h00 – 18h00
- Sábados, domingos e feriados: 15h00-19h00
Gratuito
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus: (200,201,207,208,301,305,507,601,703,801, 12M e 13M) Cordoaria
- Bonde (22) Clérigos
Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Vitória
Construída no séc. XVI, essa igreja de arquitetura barroca e talha dourada, tem muita história para contar. Durante os anos de 1832 e 1834, durante o Cerco do Porto, foi fortemente atingida pelos canhões do exército de D. Miguel, que se encontrava do outro lado do rio, em Vila Nova de Gaia. Em 1874, um incêndio destruiu o altar principal e a imagem de Nossa Senhora da Vitória.
CURIOSIDADES
- Foi construída onde antigamente se encontrava a antiga judiaria do Olival, 100 anos após a expulsão dos judeus pelo então rei D. Miguel I
- O rosto da imagem de Nossa Senhora, no altar lateral, não é o original. É que, o artista Soares dos Reis, fez o rosto da santa à semelhança do rosto de sua mãe, e isso não agradou à população. A solução foi pedir à um artista especializado em imagens de santos para fazer um novo rosto. O rosto original se encontra de posse da igreja
- Na entrada principal, o brasão da família dos Sousas de Arronches, a quem pertencia o bispo D. Frei António de Sousa, responsável pela reestruturação da igreja, no início do séc. XVIII
- Do Cerco do Porto, podemos ver, ainda hoje, uma bala de canhão, localizada na parede lateral, junto à porta Sul.
R. de São Bento da Vitória 2A
Visita
- terças à sexta – 9h às 12h e 16h às 19h30
- sábados 9h às 12h e 14h30 às 17h
- Domingos e feriados religiosos – 9h às 11h30
Missa:
- terças e quintas às 18h30
- quartas às 10h
- sábados às 16h
- domingos às 10h30
Gratuito
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus: (200,201,207,208,301,305,507,601,703,801, 12M e 13M) Cordoaria
- Bonde (22) Clérigos
Miradouro da Vitória
Localizado em um terreno particular, mas com permissão de entrada para os turistas, esse miradouro fica ao lado da Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Vitória. De lá uma vista linda para o rio Douro e a ribeira de Vila Nova de Gaia.
Foi aqui que se concentrou uma bateria do exército liberal, liderados por D. Pedro IV, durante o Cerco do Porto, e que apontava seus canhões, para o exército miguelista, em Vila Nova de Gaia. Por isso, o nome da rua se chama Bataria da Vitória. Ainda hoje, podemos perceber, nas pedras do muro, as marcas deixadas pelos disparos dos canhões do exército de D. Miguel.
A Baixa do Porto
A Baixa do Porto é conhecida como a parte central da cidade. É na baixa que está localizado o centro cívico da cidade e, também, o Centro Histórico do Porto. Aqui está o coração da cidade, e é onde tudo acontece. Quer conhecer o Porto? Então, vem pra baixa :-)!
Igreja dos Carmelitas Descalços
“Eu, El-Rey, faço saber aos que este meu alvará virem que, pela devoção que tenho ao hábito dos Carmelitas Descalços, hei por bem de lhes conceder licença para que neste Reino na Cidade do Porto, e nas Villas de Viana e Thomar, possam fundar três Mosteiros da sua Ordem.” Felipe II, ano 1616.
E assim, foi inaugurada, em 16 de Julho de 1628, a Igreja dos Carmelitas Descalços. A fachada, de arquitetura maneirista erudita, possui as imagens de São José, Santa Teresa de Jesus e, no centro, Nossa Senhora do Carmo.
No interior, a exuberância do barroco, refletido em sua talha dourada, não só nas capelas, dedicadas à Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora das Dores, como também na abóbada. Destaque para o lindo painel de azulejos da sacristia.
CURIOSIDADES:
- A Ordem Primeira dos Carmelitas Descalços surgiu no séc. XVI, como uma ramificação da Ordem do Carmo ou dos Carmelitas e era destinada exclusivamente aos homens (monges e frades)
- No séc. XIX, o convento foi totalmente ocupado e devastado pelo exército francês
- Também no séc. XIX, com a vitória do exército liberal, após o Cerco do Porto, parte da igreja foi tomada para uso militar e a outra parte, cedida para ampliação do hospital da Ordem Terceira do Carmo. Somente no séc. XX, que a Ordem dos Carmelitas Descalços, foi restaurada no Porto mas, a Guarda Nacional Republicana, ocupa parte das instalações até hoje
- Foi classificada como Monumento Nacional em 2013
- Tem uma “irmã gêmea”, a Igreja do Carmo, construída bem ao lado.
R. do Carmo 1
Missa:
- Segunda a sábado às 15h30 e às 18h00
- Domingo às 11h00, 15h30 e às 18h00
Gratuito
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus: (200,201,207 e 12M e 13M) Carmo
- Bonde (18) Carmo
A Casa Escondida
A Casa Escondida é a menor casa da cidade do Porto, e está localizada entre a Igreja dos Carmelitas Descalços e a Igreja do Carmo. Como as duas igrejas não poderiam ser construídas lado-a-lado, a solução foi deixar um espaço de um 1m entre elas, onde foi construída a casa, que hoje é conhecida como Casa Escondida.
É uma casa estreita, com 1m de largura, de 3 andares e possui quarto, cozinha, sala, mas não tem banheiro.
Foi palco de muitas reuniões secretas na época da invasão Francesa, das guerras liberais e, logo após a Proclamação da República, da perseguição às Ordens religiosas.
A entrada é pela igreja do Carmo e o ingresso custa € 3,50, mas estão incluídos no roteiro, além da casa, as catacumbas e a belíssima Igreja do Carmo.
CURIOSIDADE:
- Será que foi aqui, na Casa Escondida, que J.K. Rowling se inspirou para criar a casa de Sirius Black, a antiga sede da Ordem da Fênix, da saga Harry Potter? J.K.Rowling morou no Porto …
Igreja do Carmo
Construída na metade do séc. XVIII, ao lado da Igreja dos Carmelitas Descalços. Na fachada, uma arquitetura tipicamente barroca, no melhor estilo rococó, projeto Figueiredo Seixas, com intervenções de Nicolau Nasoni. Na fachada lateral, um lindo painel de azulejos, que conta a história da Ordem do Carmo, nascida no Monte Carmelo, na Palestina, de onde surgiram os primeiros monges.
No seu interior, destaque para os retábulos em talha dourada que remetem à Paixão de Cristo.
CURIOSIDADES:
- Essa é a Igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo. Terceira é a ordem, formada por leigos e casados, cujos membros não tinham a obrigação de abandonar o seu modo de vida habitual, mas que se dedicavam ao apostolado e à busca da perfeição cristã, seguindo os preceitos da pobreza e da penitência
- Foi classificada como Monumento Nacional em 2013
- Tem uma “irmã gêmea”, a Igreja dos Carmelitas Descalços, construída bem ao lado.
R. do Carmo
- Segunda a sexta-feira das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00
€ 3,50
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus: (200,201,207 e 12M e 13M) Carmo
- Bonde (18) Carmo
Livraria Lello
Se eu te falasse de um lugar, de arquitetura art nouveau, fachada neogótica, clarabóia em cristal e uma escadaria bafônica, você iria pensar em uma livraria? Pois assim é a livraria Lello, classificada como uma das livrarias mais lindas do mundo, pela emissora CNN e pelo jornal The Guardian.
Fundada em 1906, pelos irmãos José e Antônio Lello, e queridinha não só dos portuenses, mas de todos que por aqui passam, a livraria Lello merece a sua visita. Comece admirando a fachada, que tem as figuras da Arte e da Ciência pintadas. Assim que passar pela porta, verá a escadaria icônica, pintada de vermelho. É ela que te convida a entrar. Aproveita e tira aquela foto instagramável na escadaria mais linda que vc já viu! Depois da foto, olhe ao redor, são 120 mil títulos diferentes de livros, dispostos nas estantes. Ah! E não esqueça de olhar para o teto. São 8 metros de comprimento e 3,5 metros de largura de um vitral esplendoroso, a iluminar a todos que ali se encontram.
CURIOSIDADES:
- O vitral da Livraria Lello, depois de uma restauração em 2018, ganhou um emoji smile. Será que vc seria capaz de achá-lo?
- De 13/01/21 a 01/06/21, a escadaria foi pintada, numa parceria com a Pantone, de amarelo e cinza, cores que representam força e esperança, um desejo da livraria Lello para esse ano de 2021
- Tem uma área dedicada à José Saramago, prêmio Nobel de literatura, onde além de suas obras, estão também expostos, alguns de seus objetos pessoais
- No chão da livraria tem um trilho por onde passava o carrinho que transportava os livros do depósito para a livraria, em uma época que a Lello editava livros
- Foi classificada, em 2013, como Monumento de Interesse Público.
R. das Carmelitas, 144
- Segunda a sexta 10h00 às 19h00
- Sábado e Domingo 10h00 às 15h30
- € 5,00 e dá direito a um desconto de 5€ na compra de 1 livro
- Pode comprar online https://www.livrarialello.pt/pt/loja/ticket-voucher
- Metro (linha D) estação São Bento
- Ônibus: (207,601,602 e 900) Cordoaria
- Bonde (22) Clérigos
D. Pedro IV e a Praça da Liberdade
Após o Cerco do Porto e a vitória do exército liberal, comandado por D. Pedro IV, a praça, que era conhecida como Praça Nova, foi rebatizada como Praça D. Pedro, uma forma de agradecimento do povo da cidade do Porto, à reconquista da liberdade.
No centro da praça, uma estátua de D. Pedro IV, montado em seu cavalo, com a Carta Constitucional em uma das mãos e, em cada lado do pedestal, placas representando dois momentos importantes: o desembarque das tropas liberais na praia da Arenosa e o momento em que o coração de D. Pedro IV foi entregue para a cidade do Porto, e que se encontra aqui até hoje na Igreja da Lapa. Mas esta história, vou contar posteriormente aqui, em um outro post .
Logo após a Proclamação da República, em 1910, a Praça passou a se chamar Praça da Liberdade, lembrando a todos a principal razão da luta do exército liberal: a liberdade.
CURIOSIDADES:
- A estátua de D. Pedro IV foi fundida com o metal das armas utilizadas no Cerco do Porto
- Na base da estátua de D. Pedro está uma placa com os nomes dos 12 mártires da liberdade, enforcados por D. Miguel, em 1829, em plena praça da Liberdade, na sequência da revolta liberal de 1828
Av. dos Aliados e Câmara Municipal do Porto
Espinha dorsal da cidade, é na Avenida dos Aliados, onde tudo acontece. A Avenida dos Aliados é a “sala de visitas” da cidade do Porto. Aqui comemoramos a liberdade, o Natal, o Réveillon, as vitórias do futebol, aqui assistimos a grandes shows e celebramos a educação, com o desfile anual dos estudantes das universidades.
Essa avenida centenária também é o grande centro comercial da cidade. Importantes grifes da moda, hotéis de luxo e restaurantes renomados, também se encontram por aqui.
Seu nome foi para homenagear os países aliados da 1º Guerra Mundial e sua construção, inspirada nos boulevards parisienses. Seus edifícios datam dos anos 20 aos anos 40, por isso, não deixe de olhar para o alto, e apreciar cada detalhe, cada fachada, cada estátua.
E por falar em estátua, temos algumas curiosidades ao longo da avenida e suas praças:
- Uma estátua simbolizando a juventude, intitulada “menina nua” e outra simbolizando a abundância, intitulada “Meninos”, ambas do autor Henrique Moreira
- Na Praça Humberto Delgado tem um monumento em homenagem ao centenário do grande escritor portuense, Almeida Garrett, de autoria de Salvador Barata
- O monumento em homenagem a D. Pedro IV, na Praça da Liberdade, que já falamos aqui
- Na esquina da Praça da Liberdade com a Av dos Aliados, uma estátua em homenagem aos vendedores de jornais da época, chamada “O Ardina”, do artista Manuel Dias
- E por fim, entre a Av. dos Aliados e a Praça da Liberdade, a estátua “O Porto”, em homenagem à cidade, da autoria de João Silva, esculpida em 1818.
Na parte superior da praça Humberto Delgado, cercada pela Av. dos Aliados, fica o edifício Paços do Concelho, que abriga a Câmara Municipal do Porto. Prédio em formato trapezoidal, sua construção levou 30 anos para a conclusão e foi a última construção em granito feita na cidade.
Praça do General Humberto Delgado, n.º 266
- Metro (linha D) estação Aliados
- Ônibus: (1M,3M,4M, 5M,7M, 10M, 11M,12M e 13M, 202, 208, 301,304,305,500, 501, 600, 901 e 906) Cordoaria
- Bonde (22) Aliados
Igreja de Trindade
Construída durante todo o séc. XIX, a igreja da Ordem de Trindade possui um estilo neoclássico, com uma fachada em granito. Sobre a porta frontal, a incrição “SOLI DEO HONOR ET GLORIA”.
O interior também segue o estilo neoclássico, com algumas capelas decoradas ainda no estilo barroco. Destaque para a talha dourada do altar principal e a belíssima pintura “Baptismo de Cristo” do pintor José de Brito.
A igreja e o hospital da Ordem Terceira fazem parte de um complexo religioso e assistencial, onde também se integra uma farmácia comunitária e um residencial para idosos.
CURIOSIDADES:
- A Ordem Terceira da Santíssima Trindade foi fundada em 1755 por bula do Papa Bento XIV, com fins de natureza “assistencial” e de “solidariedade social”, sob a denominação inicial de “Arquiconfraria da Santíssima Trindade e Redenção dos Cativos”
- Foi classificada como Monumento de Interesse Público, em maio/2021
R. da Trindade,115
- Segunda a sexta 10h00 às 19h00
- Sábado e Domingo 10h00 às 15h30
- Metro (linhas A,B,C, D, E e F) estação Trindade
- Ônibus: (12M e 13M, 201, 208, 501, 901 e 906) Trindade
- Bonde (22) Aliados
Capela das Almas
É minha capela preferida no Porto. Pequenininha em tamanho, mas grande na sua história. E que história! São 15947 ajulejos, da autoria do ceramista Eduardo Leite, que juntos, contam a história da vida de São Francisco de Assis e Santa Catarina. Não tem como não se apaixonar!
Construída no início do séc. XVIII, seu estilo neoclássico revela que a beleza está na simplicidade de seus detalhes, como: i) na pintura do altar principal, de autoria do pintor Joaquim Rafael, sobre a “Ascensão de Cristo”; ii) nos altares dedicados a São João e a Nossa Senhora da Conceição, localizados à esquerda; iii) nas imagens de Nossa Senhora de Fátima, Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora das Dores, localizadas à direita; iv) nos painéis de azulejos que se encontram logo na entrada, o da esquerda, ilustrando à imposição das Chagas a São Francisco, e os da direita, ilustrando, cada um deles, as Almas com São Francisco e Santa Catarina.
E quando você vira de costas, e se prepara para sair, outro detalhe imperdível, o vitral ilustrando as Almas, da autoria de Amandio Silva. Fica bem em cima da porta.
R. de Santa Catarina, 428
- Segunda, terça e sábado 07:30 – 13:00 / 15:30 – 19:00
- Quarta a sexta 07:30 – 19:00
- Domingo 07:30 – 13:00 / 18:00 – 19:00
- Metro (linhas A,B,C e F) estação Bolhão
- Ônibus: 7M e 8M, 300, 305 e 401) Bolhão
Mercado do Bolhão
É o nosso mercado municipal. E que mercado! São aproximadamente 9.600m2 distribuídos em barracas, lojas e restaurantes, onde se encontram os melhores produtos do Porto.
Os portuenses amam o Bolhão, também não é para menos. O mercado existe desde 1837, e a construção tal e qual vemos hoje, data de 1914, em plena 1ª Grande Guerra Mundial. Fazer compras no Bolhão é uma experiência imperdível, principalmente, se for na barraca das peixeiras. Elas são animadas e atrevidas, no melhor sentido da palavra.
O Mercado do Bolhão entrou em obras em 2018 para reestruturação e modernização, e a previsão para a reinauguração é agora, no 2º semestre de 2021. Enquanto isso, o mercado foi transferido provisoriamente para o subsolo do Shopping La Vie.
R. Formosa, R. de Sá da Bandeira, R. de Alexandre Braga e R. Fernades Tomás
- Metro (linhas A,B,C e F) estação Bolhão
- Ônibus: 7M e 8M, 200, 300, 305, 401, 700 e 800) Bolhão
Dicas para Aproveitar a Cidade ao Máximo
A melhor forma de aproveitar a cidade do Porto, é fazer os passeios a pé, principalmente porque no Centro Histórico é difícil estacionar e também muito caro.
Mas se você tem pouco tempo e quer aproveitar o máximo para conhecer essa cidade linda, contrate um tour de ônibus Hop On Hop off, assim, vc economiza os tempos de deslocamento e ganha mais tempo turistando, além de ver a cidade por um outro ângulo e tirar muitas fotos.
Outra forma bem legal, e inusitada para conhecer à cidade, é contratar um tour de tuk tuk, principalmente se você não é adepto a subir ladeiras kkkk.
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Pera aeeeeee… mas cadê o Palácio de Cristal, o Estádio do Dragão, a Foz? Pois é… a cidade do Porto é muito rica em lugares e cultura, por isso, preferi dividir esse post em duas partes, pra não ficar cansativo pra ninguém.
Uma dica muito importante!!! Não cometa o erro de reservar somente dois dias para a cidade do Porto, porque você vai se arrepender.
Se você já conhece o Porto e tem alguma dica para o Blog Uma Passagem Por Favor!, nos conte aqui embaixo nos comentários. Adoramos descobrir coisas novas!
7 Comentários
Este post do Porto está FANTÁSTICO ! Ter as fotos, endereço, link, como chegar, horários, preços para os pontos turísticos abaixo de cada um deles facilita bastante a programação da viagem. Sem falar da aula de historia.
Adorei o post, tenho que voltar logo ao Porto tem vários lugares que não visitei.
Que bom que você gostou Roberta! Volta logo, aproveita que as fronteiras abriram e a cidade fica linda no outono.
Adorei o post do Porto! Já visitei várias vezes e mesmo assim aprendi demais com esse blog!!!
O Porto é cheio de surpresas! Cada vez que visitamos conhecemos coisas novas
Nossa, incrível o seu blog Luciana! Adorei! Uma verdadeira viagem sem sair do Brasil e ótimo para conhecimento e planejamento para quem está se organizando para visitar, passear ou até mesmo morar em terras lusitanas. Parabéns! Em breve, estaremos por aí e muito obrigada por dividir conosco tanta cultura.
Oi Márcia, este blog é feito com muito carinho pra vcs, que bom que gostou!